domingo, 4 de dezembro de 2016

Minhas palavras não ecoam..não são lidas...
meus medos todos expostos...minhas mãos sangram....
olhos que ardem odiando o brilho do sol...
de joelhos implorando por janelas que se abram...onde meus gritos possam silenciar...
passos empoeirados em agonia infernal... pavores me espiam pelos cantos escuros nas ruas...meus quadros desgastados não vistos....cigarros apagados....imagens, reflexos, distorções..a fraqueza de sentir...pernas cruzadas, sentada, aguardo....nada, vazio, espero...a sensação de queda inevitável....sem voz, sem cor, insustentavelmente leve...esmagada pelo peso de nuvens brancas que me colam ao asfalto, arrancando minha pele, me queimando num sorriso de escárnio.