Doente
Muito doente
De alma esmagada
Espírito distorcido
Todos os sonhos
Estilhaços de imagens
Gritos
Doente
Doença escura
Que anula o corpo
Sorrisos cadavéricos
Abraçando seus mortos
Pedindo perdão
Doença essa que não contagia
Que sufoca
Lábios arroxeados
Olhos esgazeados
Quase inconsciente
Ninguém vai te receber do outro lado
Enjaulada no próprio corpo
Febril
Doente
Na sequência do tempo se perdeu
Agora vagueia entre as dimensões
Perdida,
Caminha pisando em nuvens
Cantando canções que nunca ouviu
Seus pés feridos são alegria
Ela colhe flores psicodélicas que exalam veneno
Atravessou o véu da realidade
Agora não existem mais máscaras
Elas apenas sorri angustiada
Doente
De uma sombra que a acolheu
Ela vai desaparecer sem marcas ou lembranças.
Louca.
sexta-feira, 28 de julho de 2017
quarta-feira, 26 de julho de 2017
Essa noite anjos baixaram suas asas sobre mim
Asas essas que me calaram por um minuto, um século talvez.
Me fizeram chorar por meus erros
Eu então mais uma vez calei meu espírito
Fechei meus olhos
Entendi
Suas asas me queimavam como se eu fosse um demônio
Me acolhiam
Tinha decidido
Queria o fogo
Mas os anjos me acolheram
Anjos caídos
Sujos
Todos me olhavam
Raios de luzes azuis cortavam o céu
Os anjos de luz me disseram coisas
Sussurravam histórias de amor e paz
Eu queria arder
Eles choraram por mim
Asas escuras batiam frenéticamente por mim
Aclamavam a dor
Eu queria mastigar minha consciência
Os anjos haviam me falado
Tudo seria diferente
Mentiras
Eu tentei me esconder
Tentei fugir
Ainda ouço no meio da noite
O bater sinistro de anjos na minha janela
Ainda ouço ruídos debaixo da cama
Ainda quero dormir para sempre.
E esquecer o brilho daquela estrela.