sexta-feira, 28 de julho de 2017

Doente
Muito doente
De alma esmagada
Espírito distorcido
Todos os sonhos
Estilhaços de imagens
Gritos
Doente
Doença escura
Que anula o corpo
Sorrisos cadavéricos
Abraçando seus mortos
Pedindo perdão
Doença essa que não contagia
Que sufoca
Lábios arroxeados
Olhos esgazeados
Quase inconsciente
Ninguém vai te receber do outro lado
Enjaulada no próprio corpo
Febril
Doente
Na sequência do tempo se perdeu
Agora vagueia entre as dimensões
Perdida,
Caminha pisando em nuvens
Cantando canções que nunca ouviu
Seus pés feridos são alegria
Ela colhe flores psicodélicas que exalam veneno
Atravessou o véu da realidade
Agora não existem mais máscaras
Elas apenas sorri angustiada
Doente
De uma sombra que a acolheu
Ela vai desaparecer sem marcas ou lembranças.
Louca.

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