Presos na tela da tv
olhos arregalados
Milagres!
Ali na nossa cara
escarros de absurdos
arrancando com dentes vorazes cada centavo.
O Diabo por todos os lados
espiando, esperando
com um sorriso sórdido
contando notas
Escárnio
Comércio de almas
almas famintas
almas cegas
de jolelhos
Glória!
Cada moeda sua
Rindo, um riso sangrento de morte
Dê o dízimo, rasteje
esperança do paraíso que nunca vem
medo, culpa
pecados desejados
todos choram
todos vendem sua divindade para o lixo
todos acreditam
Morrem
se disolvem como um pesadelo
mãos calejadas
mente alienada
Fim sem começo
sábado, 14 de abril de 2018
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